provérbios 3;13 ao 14
terça-feira, 27 de março de 2012
Bem-aventurado o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento.
Bem-aventurado o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento.
Por que um computador quântico poderia, em tese, realizar em minutos cálculos que nem em bilhões de anos os mais potentes supercomputadores conseguiriam fazer?
A nova onda dos qubits
Sistemas à temperatura ambiente podem ter uma porção quântica útil para a computaçã
© ERIC HELLER / SCIENCE PHOTO LIBRARY

Modelo computacional de ondas quânticas: a dualidade partícula-onda da matéria gera os ganhos potenciais do mundo quântico
Por que um computador quântico poderia, em tese, realizar em minutos cálculos que nem em bilhões de anos os mais potentes supercomputadores conseguiriam fazer? Até 2007 parecia não haver outra resposta possível a essa pergunta a não ser atribuir as vantagens de uma máquina impulsionada por qubits, os bits quânticos, ao emaranhamento ou entrelaçamento quântico, misterioso e estranho fenômeno que aumentaria exponencialmente a capacidade de processamento de dados. Partículas, átomos ou moléculas descritos como emaranhados se encontram tão fortemente ligados entre si — os físicos usam o termo correlacionados — que são capazes de trocar informação independentemente de estarem lado a lado ou a milhares de quilômetros de distância. Apesar de poderoso, o entrelaçamento é também frágil e apenas se mantém em situações especiais, em sistemas extremamente controlados, que não interagem com o ambiente externo.
Nos últimos cinco anos, um novo conceito para aferir correlações não previstas pelas leis da física clássica, a discórdia quântica , ganhou terreno e hoje fornece indícios de que talvez seja possível construir dispositivos quânticos a partir de componentes sem nenhum traço de emaranhamento. E não é só isso. Átomos e partículas com certo nível de discórdia podem conservar suas propriedades quânticas à temperatura ambiente, em sistemas macroscópicos, e em situações em que exista ruído, aqui entendido como a influência do meio externo no sistema.
Derivada de um conceito similar da teoria da informação, a discórdia é uma medida estatística usada para determinar se existe algo de quântico num sistema físico, como um conjunto de elétrons ou moléculas. Os cientistas realizam uma série de medidas para descobrir se há propriedades tipicamente quânticas,
como a chamada dualidade partícula-
-onda, capazes de estabelecer um canal de comunicação entre alguns dos componentes do sistema. Essa ligação pode ser o próprio emaranhamento, a forma de conexão quântica mais forte que se conhece (embora de difícil manutenção), ou outros tipos de correlações quânticas mais fracas. A natureza exata dessas correlações mais tênues ainda não é conhecida pelos pesquisadores, mas há evidências de que elas podem ser mais duradouras que o emaranhamento e suficientes para transmitir informação.
“Antes do conceito de discórdia, muitos pesquisadores pensavam que sistemas sem emaranhamento não podiam ser quânticos”, diz Roberto Serra, da Universidade Federal do ABC (UFABC), um dos físicos brasileiros que mais têm se dedicado ao tema dentro do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Informação Quântica (INCT-IQ), iniciativa mantida conjuntamente pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela FAPESP. “Mas estamos mostrando que sistemas com algum tipo de discórdia (e sem emaranhamento) podem ser robustos e servir de base para aplicações em metrologia e computação.”
A discórdia quântica engloba, portanto, toda e qualquer correlação que está em desacordo (daí o nome do conceito) com as leis da física newtoniana, visíveis em nosso dia a dia. A quantidade de discórdia de um sistema é dado por uma equação matemática. “Se a medida da discórdia for diferente de zero, o sistema tem algo de quântico”, explica o físico Felipe Fanchini, da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), que tem publicado trabalhos teóricos sobre o novo conceito.
Com essa noção de discórdia na cabeça, físicos de todo o mundo, com destaque para alguns trabalhos recentes de pesquisadores brasileiros, estão encontrando algo de quântico em sistemas antes vistos como estritamente clássicos, ou seja, que aparentemente eram regidos somente pela física newtoniana. Uma equipe de cientistas do INCT-IQ publicou dois artigos praticamente em seguida no segundo semestre do ano passado na revista Physical Review Letters (PRL) com resultados de experimentos que exploram esse novo conceito.
Num artigo de 12 de agosto, Serra e colaboradores do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IFSC-USP), do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), no Rio de Janeiro, e da Embrapa dão conta de que mediram pela primeira vez de forma direta a discórdia num sistema quântico a cerca de 26 graus Celsius criado com o emprego da técnica de ressonância magnética nuclear. Trata-se de um embrião do que um dia pode vir a ser um computador quântico líquido.
No laboratório do CBPF os pesquisadores codificaram dois qubits em moléculas de clorofórmio (CHCl3), um composto incolor, denso e adocicado usado hoje como solvente e matéria-prima para a produção de precursores de polímeros como o teflon. A rigor codificaram um bit quântico no spin do núcleo do átomo de hidrogênio e outro no de carbono ao aplicarem um campo magnético de 12 teslas, milhões de vezes maior do que o da Terra, no sistema. O spin é uma propriedade fundamental das partículas elementares, como os elétrons e os fótons, e dos núcleos dos átomos e costuma ser representada por uma seta para cima ou para baixo. “Usamos pulsos de campo magnético para manipular o spin do núcleo”, afirma o físico Diogo de Oliveira Soares Pinto, do grupo dos professores Tito Bonagamba e Eduardo Azevedo, da USP de São Carlos, que participou do experimento. “Nas condições em que fizemos o trabalho é impossível haver emaranhamento.”
Em 30 de setembro, um segundo artigo do mesmo grupo na PRL apresentou outro resultado interessante, derivado novamente de observações feitas no sistema de dois qubits criado nas moléculas de clorofórmio. Os pesquisadores mediram mudanças súbitas no comportamento da discórdia quântica em razão do contato com o meio ambiente. Viram como os efeitos quânticos do sistema iam sumindo devido a flutuações e ruídos do ambiente térmico. Depois de um tempo, as interações podiam desestruturar os dois qubits, causando uma perda progressiva de coerência do sistema.
No experimento, os físicos perceberam que a discórdia parece ser bastante resistente a ambientes que causam perturbações no sistema. Nos cerca de cinco mililitros de clorofórmio usados no experimento, apenas uma em cada 1 milhão de moléculas do composto carregava os qubits codificados em seus átomos. Apesar de “diluído” num sistema que é quase totalmente clássico, o caráter quântico da amostra de clorofórmio se preserva e pode se útil para o desenvolvimento de aplicações. “Qualquer processo de comunicação precisa ter o controle sobre as formas de correlação de um sistema”, afirma Ivan Oliveira, do CBPF, um dos coautores dos dois estudos citados. “Precisamos separar a parte clássica e a quântica da informação.”
Mais recentemente ainda, em 10 de fevereiro deste ano, os brasileiros publicaram um terceiro artigo sobre discórdia na PRL. Dessa vez eles trabalharam com um sistema óptico, para o qual criaram uma forma simples e direta de verificar se há ou não discórdia em fótons, partículas de luz. Foram codificados dois qubits usando uma propriedade dos fótons, a sua polarização, se horizontal ou vertical, e desenvolvido um esquema de registrar, como uma só medida, se há ou não correlações quânticas no sistema, um estratagema denominado testemunha da discórdia. Normalmente é preciso fatiar o sistema em várias partes, como se faz numa tomografia para fins médicos, e realizar ao menos quatro medidas para descobrir se há uma conexão quântica entre os fótons.
“Agora, com apenas uma medida, conseguimos dizer se poderia haver ou não discórdia”, explica Stephen Walborn, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), coautor do estudo.
Um conceito ignorado por anos
A ideia da discórdia quântica foi inicialmente proposta em 2001 por dois grupos de fisicos que desenvolveram o conceito de forma independente, o chefiado por Wojciech H. Zurek, do Laboratório Nacional de Los Alamos, nos Estados Unidos, e o liderado por Vlatko Vedral, da Universidade de Oxford, na Inglaterra. A proposta não causou muito impacto na comunidade científica em seus primeiros anos de vida. Era uma ideia bastante abstrata sobre um campo de estudo cujo centro principal de interesse girava historicamente em torno do emaranhamento, misterioso fenômeno que Albert Einstein descrevera como tendo uma “ação fantasmagórica a distância”.
A ideia da discórdia quântica foi inicialmente proposta em 2001 por dois grupos de fisicos que desenvolveram o conceito de forma independente, o chefiado por Wojciech H. Zurek, do Laboratório Nacional de Los Alamos, nos Estados Unidos, e o liderado por Vlatko Vedral, da Universidade de Oxford, na Inglaterra. A proposta não causou muito impacto na comunidade científica em seus primeiros anos de vida. Era uma ideia bastante abstrata sobre um campo de estudo cujo centro principal de interesse girava historicamente em torno do emaranhamento, misterioso fenômeno que Albert Einstein descrevera como tendo uma “ação fantasmagórica a distância”.
Quando em 2007 surgiram os primeiros trabalhos experimentais mostrando que sistemas à temperatura ambiente com discórdia (e sem emaranhamento) podiam transmitir informação por meio de bits quânticos, boa parte dos físicos foi reler os trabalhos de seis anos atrás de Zurek e Vedral. Houve um boom de interesse pelo tema. “A discórdia quântica deu uma nova luz a questões que estavam sendo debatidas há anos”, diz o físico Amir Caldeira, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), coordenador do INCT-IQ e autor de trabalhos sobre discórdia.
Segundo Vlatko Vedral, nem todo sistema que apresenta discórdia quântica pode ser manipulado para gerar aplicações em computação ou outras áreas. “Precisamos ser cuidadosos ao escolher os sistemas com que vamos trabalhar. Essa questão ainda está em aberto”, afirma o físico de Oxford. “Para entendermos a diferença que há entre o mundo clássico e o quântico, para entendermos por que um gato não pode estar em dois lugares, mas os átomos podem, acho que temos de ser capazes de discriminar os estados que têm discórdia e os que não têm.” Por ora, os físicos sabem apenas que certos sistemas com discórdia (e sem entrelaçamento), como as moléculas de clorofórmio ou os fótons, podem processar os tão desejados bits quânticos.
O qubit é o análogo quântico do bit clássico, definido como a menor unidade em que a informação pode ser codificada, armazenada e transmitida nos computadores atuais e nos sistemas de telecomunicações, como fibras ópticas ou redes sem fio. Há, no entanto, diferenças significativas entre os dois conceitos. Num dado momento, um bit clássico, também denominado dígito binário, só pode se encontrar em apenas um de dois valores ou estados possíveis: 0 ou 1, por exemplo. Nos computadores de hoje em dia o 0 é representado pela interrupção da voltagem num circuito (estado off) e o 1 pela liberação da corrente (estado on). Um qubit é mais do que isso. Ele pode, simultaneamente, representar os valores equivalentes a 0 e 1. Pode estar numa superposição de estados, uma estranha propriedade quântica que potencializa a realização de cálculos em paralelo. “Os qubits aumentam de maneira exponencial a capacidade de computação”, comenta Roberto Serra. “De forma simplificada, podemos dizer que dois qubits equivalem a 4 bits, 3 qubits a 8 bits, 4 quibits a 16 bits e assim por diante.”
| Os Projetos |
| 1. Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Informação Quântica nº 2008/57856-6 2. Informação quântica e decoerência nº 2005/04471-1 |
| Modalidades |
| 1. Projeto Temático 2. Programa Jovem Pesquisador |
| Coordenadores |
| 1. Amir Caldeira – Unicamp 2. Roberto Serra – UFABC |
| Investimento |
| 1. R$ 1.384.811,24 (FAPESP) e R$ 5.700.000,00 (CNPq) 2. R$ 68.321,95 (FAPESP) |
A superposição de estados é uma capacidade típica dos sistemas quânticos (sejam eles formados por átomos, elétrons, fótons ou moléculas) de se comportar concomitantemente como partícula e onda. É a tal da dualidade partícula-onda. A situação se torna menos surreal quando se toma como exemplo a onda criada por uma pedra arremessada num lago. Ela causa oscilações na superfície da água na forma de círculos concêntricos que podem, ao mesmo tempo, atravessar duas pontes vizinhas na beira do lago. Nesse caso, se uma ponte for a representação do número 0 e outra do 1, parte da onda é 0 e parte é 1. A onda é 0 e 1 ao mesmo tempo.
Mas um computador quântico que desse duas respostas para um problema seria de pouca valia. Afinal, apenas uma delas é a certa. Aí entra em ação um segundo fenômeno quântico, a interferência de ondas. Retomando o exemplo do lago, depois de atravessar as duas pontes, a onda 1 e a onda 0 se reencontram. Essa interação pode ser destrutiva, as ondas se cancelam e o resultado final é 0. Ou construtiva, as ondas se somam e a resposta é 1. Os chamados algoritmos quânticos são instruções matemáticas, espécie de programas, que aumentam a probabilidade da superposição de estados e da interação de ondas de levarem à resposta certa ao final do processamento de dados. Estranho? Sim. Bem-vindo ao mundo quântico.

quinta-feira, 22 de março de 2012
Bíblia João 3
João 3
16) Porque DEUS amou mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça mas tenha vida eterna.
17)Porque DEUS enviou o seu filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ELE.
18)Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já esta condenado, porquanto não crê no nome do unigênito filho de DEUS.
19)E a condenação é esta:Que a luz veio ao mundo, e o homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram mas.

16) Porque DEUS amou mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça mas tenha vida eterna.
17)Porque DEUS enviou o seu filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ELE.
18)Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já esta condenado, porquanto não crê no nome do unigênito filho de DEUS.
19)E a condenação é esta:Que a luz veio ao mundo, e o homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram mas.

Brasil e China realizam novos testes no satélite Cbers-3
Brasil e China realizam novos testes no satélite Cbers-3
MundoGeo - Alexandre Scussel

MundoGeo - Alexandre Scussel
Especialistas brasileiros e chineses realizaram testes de compatibilidade com o segmento de aplicação do satélite Cbers-3 entre os dias 29 de fevereiro e 7 de março, na China.
Em parceria com a Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mantém o Programa Cbers. O Brasil possui o domínio da tecnologia para o fornecimento de dados de sensoriamento remoto, e divide igualmente com a China o desenvolvimento dos Cbers-3 e 4.
De modo a garantir o perfeito funcionamento do quarto satélite a ser lançado pelo programa, foi verificada a comunicação entre os equipamentos dos subsistemas transmissores de dados do satélite e o software do sistema de ingestão e gravação desenvolvido pela empresa AMS Kepler. Nesta etapa foram validadas as alterações implantadas no sistema para atender às alterações nos formatos dos dados. Foram ainda criadas ferramentas de apoio para permitir a investigação de anomalias nos dados e a identificação de suas causas.
Em março de 2011, a AMS Kepler também esteve presente em Cuiabá onde participou dos testes de compatibilidade entre o satélite e as estações terrenas para garantir a recepção das imagens e a correta decodificação e recuperação dos dados auxiliares transmitidos junto a elas, tais como os dados de telemetria das câmeras e os dados de órbita e altitude. De acordo com o Plano de Desenvolvimento e Testes do Programa Cbers, no próximo mês serão realizados na China os testes no modelo de voo do sistema.
Fontes:http://www.aeb.gov.br
Em parceria com a Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mantém o Programa Cbers. O Brasil possui o domínio da tecnologia para o fornecimento de dados de sensoriamento remoto, e divide igualmente com a China o desenvolvimento dos Cbers-3 e 4.
De modo a garantir o perfeito funcionamento do quarto satélite a ser lançado pelo programa, foi verificada a comunicação entre os equipamentos dos subsistemas transmissores de dados do satélite e o software do sistema de ingestão e gravação desenvolvido pela empresa AMS Kepler. Nesta etapa foram validadas as alterações implantadas no sistema para atender às alterações nos formatos dos dados. Foram ainda criadas ferramentas de apoio para permitir a investigação de anomalias nos dados e a identificação de suas causas.
Em março de 2011, a AMS Kepler também esteve presente em Cuiabá onde participou dos testes de compatibilidade entre o satélite e as estações terrenas para garantir a recepção das imagens e a correta decodificação e recuperação dos dados auxiliares transmitidos junto a elas, tais como os dados de telemetria das câmeras e os dados de órbita e altitude. De acordo com o Plano de Desenvolvimento e Testes do Programa Cbers, no próximo mês serão realizados na China os testes no modelo de voo do sistema.
Fontes:http://www.aeb.gov.br
quarta-feira, 21 de março de 2012
Droga brasileira combate câncer
Droga brasileira combate câncer

Pela primeira vez uma droga desenvolvida no Brasil contra o câncer recebe aprovação para testes nos Estados Unidos. O tratamento combate o câncer de ovário e promete ser menos agressivo do que a quimioterapia. Ele foi desenvolvido pela empresa de biotecnologia brasileira Recepta Biopharma e, se tiver êxito nos testes, poderá chegar ao mercado em cinco anos. A droga recebeu na semana passada aprovação da FDA, a agência americana responsável pela validação de drogas e alimentos, para continuar seus estudos com pacientes.
O reconhecimento da agência significa, na prática, que o laboratório, sediado em São Paulo, poderá receber financiamentos não-reembolsáveis e que, após sua aprovação, a droga terá sete anos de garantia de exclusividade nos EUA. O câncer de ovário, por ser mais raro do que alguns outros tumores, não atrai muito interesse da indústria farmacêutica, o que o faz ser negligenciado na busca por novos tratamentos. No Brasil. a doença afeta seis mil mulheres por ano.
A empresa, dirigida pelo Acadêmico e biólogo José Fernando Perez, aposta em anticorpos monoclonais, descritos pela primeira vez em 1975 e cada vez mais adotados como uma alternativa para a terapia de pacientes com câncer.
Efeitos colaterais são menos agressivos
A quimioterapia convencional ataca todas as células que se multiplicam rapidamente - inclusive as saudáveis, como as do trato gastrointestinal e as do couro cabeludo. Por isso este tratamento provoca tantos efeitos colaterais. Os anticorpos monoclonais, por sua vez, são uma terapia direcionada, com consequências adversas mais suaves.
- O anticorpo é uma proteína, desenvolvida por um complexo processo biotecnológico - explica Perez. - Pegamos o gene que determina a produção da proteína e o introduzimos numa célula animal. Essa célula passa a produzir a proteína. Esta só vai se ligar a alvos específicos, ou seja, a células de alguns tumores.
Essas proteínas foram aplicadas em pacientes com tumor de ovário que não respondiam ao tratamento convencional, com cirurgia e quimioterapia. Essas pacientes são candidatas ao teste, desde que seus tumores tenham um alvo ligável ao anticorpo.
- Sabemos que isso acontece em 76% das pacientes com tumor de ovário - lembra Perez. - Nelas, esses alvos aparecem na superfície da célula. Essa é uma estatística importante, inclusive comercialmente, por aumentar as chances de sucesso de um futuro tratamento.
Pesquisa teve padrão internacional
Perez coordenou a injeção do anticorpo em 26 pacientes e considerou as respostas muito promissoras. Este teste clínico foi o responsável pela aprovação da FDA.
- Nossa meta, como ocorre atualmente na medicina, não é a regressão do tumor, mas a estabilização da doença - ressalta o cientista. - É algo semelhante ao visto no diabetes ou na hipertensão: não se busca uma cura, mas a qualidade de vida em um futuro próximo. Também sabemos que os tratamentos tendem a ser cada vez mais personalizados. A doença se manifesta de uma forma específica em cada paciente, e o médico deve adaptar a terapia a essas particularidades.
Os benefícios obtidos pelo experimento foram comparáveis aos conseguidos pela quimioterapia - e ainda mais prolongados nas pacientes que não tinham metástase no fígado e ascite, o acúmulo de líquido no abdômen.
Hoje, segundo Perez, há apenas dez tratamentos com anticorpos monoclonais no mundo. Nos próximos cinco anos, no entanto, ele acredita que outros chegarão ao mercado. O cientista, inclusive, quer adaptar o mesmo anticorpo desenvolvido contra o câncer de ovário para combater o tumor de mama.
A Recepta conseguiu registro da Anvisa para testes clínicos com anticorpos monoclonais, mas procurou também o certificado da FDA para trabalhar com um padrão de qualidade internacional - o que implica em uma série de condições, como a autenticação da produção da droga, a regulação da temperatura no veículo em que ela é transportada e em protocolos de hospitais onde for testada.
Diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp), o Acadêmico e diretor da ABC Carlos Henrique de Brito Cruz assegura que o esforço vale a pena.
- A designação vinda dos EUA demonstra uma capacidade de iniciativa e articulação muito importante da Recepta - elogia. - A partir daí são abertas várias possibilidades internacionais. Dá visibilidade a uma droga que está sendo desenvolvida aqui.
Para Brito Cruz, um pesquisador que funda uma empresa, como Perez fez com a Recepta em 2006, pode encontrar diversas fontes de custeio no país. Esses empreendimentos combinam recursos fornecidos por instituições estatais, como a Fapesp, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o BNDES. Outra vantagem oferecida pelo país é a existência, em grandes centros urbanos, de laboratórios bem instalados e competitivos internacionalmente em diversas áreas.
- Quanto às dificuldades, são as mesmas que todas as empresas do país enfrentam: nosso custo industrial, de mão-de-obra, é maior do que o de empresas americanas - lamenta. - As instabilidades de políticas públicas também atrapalham.
Os testes clínicos da Recepta terão os resultados detalhados em uma revista científica.
Fontehttp://www.abc.org.br:
Fontehttp://www.abc.org.br:

Vírus contra a dengue?
Vírus contra a dengue?
Capaz de diminuir o número de partículas virais da dengue em células de mosquito, vírus descoberto por pesquisadores de Estados Unidos e Brasil pode ajudar a entender como funciona o ciclo evolutivo da doença.
Ao infectar as células do mosquito transmissor da dengue, o novo vírus diminui as partículas virais que causam a doença. A descoberta pode ajudar a entender como funcionam os mecanismos envolvidos no ciclo da infecção em humanos. (imagem: Angel Paredes)
A descoberta aconteceu por acaso. Na tentativa de saber mais sobre a dengue, pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) enviaram uma amostra contendo o vírus causador da dengue tipo 2 (DEN-2) para a Universidade Estadual da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. Após análise em microscopia eletrônica, a atenção da equipe se voltou para a presença de um vírus nunca antes descrito e que pode elucidar questões importantes sobre o ciclo evolutivo da doença.
“Inicialmente, pensamos que era uma nova cepa do vírus da dengue, mas logo percebemos que sua morfologia era muito diferente do DEN-2”, diz Davis Ferreira, virologista do Instituto de Microbiologia da UFRJ e um dos líderes do estudo que ganhou a capa da edição de março do Journal of Virology.
Além de ser estruturalmente distante do vírus da dengue, a caracterização do genoma do Espírito Santo Vírus (ESV) – homenagem ao estado de origem da amostra em que foi encontrado – confirmou a presença de um exemplar nunca antes descrito. Aparentemente, seu material genético apresenta organização similar à da família dos birnavírus, a qual abriga uma espécie que infecta moscas do gênero Drosophila.
Para entender os mecanismos de infecção do novo vírus, os cientistas inocularam partículas do ESV em cultura de células da larva do Aedes albopictus, mosquito que, assim como com seu parente mais conhecido Aedes aegypti, transmite a dengue. O ESV, da mesma forma que o DEN-2, mostrou-se capaz de infectar as células do inseto e esse experimento originou um dos pontos cruciais da pesquisa: a relação direta do ESV com o vírus da dengue tipo 2.
Expectativas e preocupações
Durante a infecção das células, os pesquisadores perceberam que o ESV possui maior sucesso na sua replicação quando invade células infectadas pelo DEN-2. Quando já está usufruindo dos mecanismos celulares para se multiplicar, o ESV impede a montagem das partículas de DEN-2, diminuindo a quantidade desse vírus dentro da célula.
A descoberta de um vírus que elimina a dengue ainda dentro do vetor pode se tornar uma grande aliada da ciência
Como o controle do mosquito transmissor da dengue tem se tornado cada vez mais difícil em função de sua resistência a diversos inseticidas, a descoberta de um vírus que elimina a dengue ainda dentro do vetor pode se tornar uma grande aliada da ciência.
No entanto, muitas questões ainda rondam a descoberta, pois não se sabe se o ESV pode ser responsável por algum dos sintomas atribuídos ao vírus da dengue durante a infecção. Por isso, é importante entender como o ESV e o vírus da dengue interagem.
Segundo Ferreira, a melhor compreensão dessa interação pode ajudar também nos estudos da febre amarela, já que os mosquitos A. aegypti e A. albopictus também são vetores do vírus causador da doença.

- A microscopia eletrônica permite identificar as diferenças entre o vírus da dengue (à esq.) e o Espírito Santo Vírus (à dir.). Apesar de ambos apresentarem geometria semelhante a uma bola de futebol, o ESV é mais estável e sua estrutura é mais visível que a do vírus da dengue. (imagem: Ricardo Vancini)
Por outro lado, o estudo gerou preocupações e perguntas cujas respostas já estão sendo pesquisadas. Após encontrar o Espírito Santo Vírus, os cientistas questionaram a possível presença de outros vírus em amostras que, teoricamente, só continham o da dengue. “Esse tipo de coinfecção pode dificultar o estudo de proteínas para a criação de vacinas contra a doença, além de prejudicar a interpretação do diagnóstico”, explica Ferreira.
Mariana RochaCiência Hoje On-line
Mariana RochaCiência Hoje On-line
terça-feira, 20 de março de 2012
Efésios 6:12 ao 18
Efésio: 6
Porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hoste espirituais da maldade, nos lugares celestiais.
portanto, tomai toda a armadura de DEUS, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firme.
Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça,
e calçados os pés na preparação do evangelho da paz;
tomando sobretudo o escudo da fé, como qual podereis apaga todos os dardos inflamados do maligno.
tomai também o capacete da salvação e a espada do espirito, que é a palavra de DEUS,
orando em todo tempo com toda oração e súplica no espirito e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos
Pesquisas reacendem polêmica sobre os malefícios dos refrigerantes
Pesquisas reacendem polêmica sobre os malefícios dos refrigerantes
Belo Horizonte — Eleito como o pior inimigo por especialistas em nutrição, o refrigerante também está sendo colocado na berlinda por estudos científicos que associam o consumo do produto ao surgimento de doenças graves. O último deles, desenvolvido pelo Center for Science in the Public Interest (CSPI), uma organização norte-americana da área de nutrição e segurança alimentar, traz novas evidências de que os refrigerantes Coca-Cola, Coca-Cola Diet, Pepsi e Pepsi Diet podem provocar câncer, devido à presença da substância 4-MEI, um subproduto do chamado caramelo 4, que dá a pigmentação às bebidas.A substância foi incluída em uma lista de agentes cancerígenos depois que pesquisa do Programa Nacional de Toxicologia dos Estados Unidos indicou a conexão entre o 4-MEI e o desenvolvimento de câncer em ratos. A constatação levou o estado da Califórnia a determinar a inclusão dessa informação nos rótulos dos refrigerantes, conforme explica José Luiz Guidine, do Laboratório de Metabolismo Energético e Composição Corporal da Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais.

Universidade de Jerusalém 'universaliza' legado de Einstein
Universidade de Jerusalém 'universaliza' legado de Einstein
Jerusalém - Em uma tentativa de 'universalizar' o legado deixado por Albert Einstein, a Universidade Hebraica de Jerusalém anunciou nesta segunda-feira o lançamento de uma página na internet que reúne todos seus documentos pessoais e obras científicas.
O arquivo digital, que pode ser visitado no site 'www.alberteinstein.info', mostra 'o gênio em sua faceta mais humana', segundo o presidente da Universidade Hebraica, Menachem Ben-Sasson, que destacou que este projeto visa 'universalizar o conhecimento de Einstein'.
'Expõe seu trabalho, sua escritura e as correções que fazia à mão', explicou Ben-Sasson sobre as aproximadamente 7 mil páginas que já foram disponibilizadas na rede e estão divididas por: relações com a Universidade Hebraica, trabalho cientista, vida pessoal, vida pública e o povo judeu.
O objetivo é disponibilizar na rede as obras, os documentos pessoais e as correspondências de um homem que revolucionou a ciência do século XX com teorias, como a da relatividade, que segue de pé até os dias de hoje.
'Hoje lançamos um projeto que nos permite expor ao público os tesouros do conhecimento. Einstein deixou esses trabalhos para serem divulgados ao mundo e vamos fazer isso da melhor maneira possível: na internet', ressaltou Ben-Sasson.
Entre os papéis do cientista, destaca-se uma carta dos anos 40, destinada ao palestino Azmi El-Nashashibi, editor do jornal 'O Falastin'. Nesta, Einstein propõe uma original solução ao conflito entre árabes e judeus.
Uma carta, enviada à comunidade judaica de Berlim, também se destaca por apresentar as diferenças, segundo Einstein, entre a 'religião judaica' e o 'nacionalismo judeu', um discurso sobre arrecadação de doações para o movimento sionista e suas relações com a Universidade Hebraica, que ele mesmo ajudou a fundar entre 1918 e 1925.
O físico Hanoch Gutfreund, presidente do Comitê Acadêmico dos Arquivos de Albert Einstein, explicou que a relação do cientista com a Universidade foi 'muito profunda'. De fato, só uma busca com o nome da instituição já resulta em mais de 5 mil referências ao pensador.
As páginas teóricas de Einstein chamam a atenção da mesma forma que as que são publicadas sobre sua vida pessoal, como as picantes cartas destinadas as suas amantes, uma faceta menos conhecida desse cientista.
Até o final de 2012 serão disponibilizadas na internet umas 80 mil páginas, em uma iniciativa que conta com a participação da editora da Universidade de Princeton, que publica em papel os trabalhos do cientista falecido em 1955, e a Einstein Papers Project (EPP) do Instituto Tecnológico da Califórnia, que as editam.
Fonte:exame.abril.com.br

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