terça-feira, 17 de abril de 2012

Viciados em consumir


Viciados em consumir


Viciados em consumir
A compra compulsiva, também chamada oniomania, é um distúrbio caracterizado pela aquisição exagerada – e desnecessária – de objetos, além da incapacidade de controlar os gastos. Apesar de ter sintomas característicos, a presença de sinais de depressão e ansiedade tende a dificultar o diagnóstico da doença, confundida frequentemente com o transtorno obsessivo compulsivo ou com o transtorno bipolar.
Diante da dificuldade e da confusão frequente, a psicóloga Tatiana Filomensky decidiu, em sua pesquisa de mestrado, buscar aspectos específicos que ajudem a detectar o problema. Filomensky aplicou questionários de autopreenchimento a 80 pacientes do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, onde desenvolveu sua tese.
Todos os pacientes envolvidos na pesquisa já haviam sido diagnosticados com oniomania, transtorno obsessivo compulsivo ou transtorno afetivo bipolar. As perguntas dos questionários tentavam evidenciar quais eram os sinais específicos de cada distúrbio.
Com os dados coletados, a psicóloga conseguiu identificar algumas diferenças importantes entre as doenças. “Diferente do comprador compulsivo, o paciente com transtorno obsessivo compulsivo mostrou intensa preocupação com limpeza e possibilidade de contaminação, enquanto o paciente bipolar foi caracterizado pela variação de humor entre os estados eufórico e deprimido”, explica.
Filomensky explica que o comprador compulsivo pode ser caracterizado pela impulsividade e dificuldade de planejamento. Ela também detectou que o comprador compulsivo costuma gastar na tentativa de suprir carências emocionais. “O ato de comprar gera prazer e ameniza a sensação de tristeza do paciente, que não consegue controlar o impulso por gastar e acaba tendo problemas financeiros e familiares.”

Origem incerta

Não se sabe exatamente por que a oniomania surge, mas alguns estudos mostram que ela pode estar relacionada a mutações em um gene que codifica a MAO-A, proteína que controla a produção de serotonina. A doença também pode surgir após eventos traumáticos, como o abuso sexual ou por influência do consumismo que vem se difundindo cada vez mais na sociedade.

Mesmo em quem não sofre do problema, o ato de comprar estimula a produção de substâncias que atuam no cérebro e geram prazer. A diferença entre quem tem uma queda por liquidações e quem é viciado em compras é que o comprador compulsivo se sente angustiado até poder comprar alguma coisa, como um dependente químico que anseia pela droga.
Quando não podem comprar, os oniomaníacos chegam a ter sintomas comuns aos de dependentes em abstinência de drogas, como tremores, suor em excesso e irritação. Em alguns casos, a busca pelo prazer é desastrosa: o paciente adquire dívidas e muitos passam horas comprando e perdem compromissos importantes no emprego, além de criar conflitos com os familiares que tentam impedi-los de comprar.
Por não haver um medicamento específico contra a doença, os psiquiatras costumam tratar os sintomas de depressão e ansiedade. No entanto, para a psicóloga, o melhor modo de administrar a doença é a partir de terapias que trabalhem os problemas característicos de cada paciente. “O tratamento psicológico é mais específico e usa a terapia individual ou em grupo para ajudar o paciente a se libertar do vício, reatar os laços com a família e se livrar das dívidas.” 

domingo, 15 de abril de 2012

Ser, ter e compartilhar: O acesso aos bens culturais é um direito da sociedade?


Ser, ter e compartilhar

O acesso aos bens culturais é um direito da sociedade? Como contemplar o interesse público e o direito do autor? É possível dizer que está surgindo um novo conceito de autoria? O 'sobreCultura 8' propôs o debate a dois pesquisadores da área. Leia abaixo as opiniões.

Ser, ter e compartilhar

Compartilhar direitos

por Ana Sílvia Couto Abreu
Novos modos de construção e de circulação de bens culturais vêm trazendo consequências favoráveis às condições de acesso a esses bens. Temos, atualmente, maneiras de produzir e fazer circular uma obra que implicam uma diferente relação entre o autor e seu público; isso porque, com as novas possibilidades de convergência tecnológica – como o surgimento de redes sociais com compartilhamento de arquivos, escaneamento de obras, downloads e arquivamento no computador, entre outras –, esferas são eliminadas nessa relação, tradicionalmente mediada, no mundo impresso, pelos editores de obras.
Nesse momento em que se fortalece o discurso pela abertura – conteúdo aberto,software livre, código-fonte aberto, download grátis de músicas e vídeos, repositórios de bibliotecas disponibilizados na internet com possibilidade de cópias de obras de literatura –, os direitos autorais são postos em questão.

Não que a relação autor e direitos tenha sido, em outros tempos, algo sem questionamentos; sabemos que o surgimento do copyright não se deu sem disputas. Ocorre que a circulação de informações no meio digital, em diferentes instâncias de interlocução, como blogswikis, ambientes virtuais de aprendizagem e redes sociais, vem colocando desafios ao arquivo jurídico vigente sobre direitos autorais.
Temos, então, um movimento de reconfiguração da legislação de direitos autorais. No Brasil, esse movimento foi inicialmente liderado pelo ex-ministro da Cultura Gilberto Gil, que destacou como pauta emergente a necessidade de se repensar a política autoral, levando em consideração o bem comum e o interesse público, no sentido de estabelecer políticas culturais baseadas no equilíbrio entre os direitos do autor e os direitos de acesso e uso pela sociedade. Esse posicionamento coloca-se ao lado da esfera pública, entendida como povo e não meramente como mercado, procurando estabilizar, no quadro jurídico, transformações em curso.
Nossa atual Lei do Direito Autoral (LDA), em vigor desde 1998, é altamente restritiva. Gestos cotidianos, como gravar um filme para assistir em outro horário, copiar uma música do computador para aparelho portátil, fazer cópia de livro para estudo, baixar e trocar arquivos, são tidos como ilegais.
Há, então, um jogo de forças entre o que é permitido juridicamente, em relação aos modos de produção e circulação de bens culturais, e o que é, de fato, realizado pelas pessoas, revelando-se a necessidade de uma mudança na legislação, já que esta deve representar e regular o modo de ser de uma determinada sociedade em seu tempo.
O embate, que é sempre político, tem sido intenso, com eventos
diversos ocorrendo pelo país, manifestações circulando via blogs, Twitter, Facebook etc., criação de redes e comitês para discussão da LDA, envolvendo instâncias diversas, com posicionamentos em confronto: associações tidas como responsáveis pela proteção ao autor, representantes de diversos setores da sociedade e o Estado.

Gilberto Gil
A atual gestão do Ministério da Cultura não legitimou o anteprojeto enviado à Casa Civil em 2010, colocando-o novamente para debate, em 2011; isso significou uma espécie de apagamento do relevante processo democrático – com fóruns, seminários, consulta pública do anteprojeto – que sustentou os debates sobre os direitos autorais no Brasil desde 2007.
Recentemente, uma nova versão do anteprojeto da LDA foi enviada à Casa Civil. Embora não tenha sido divulgada oficialmente, circulam na mídia trechos indicando uma proximidade com a versão anterior, no que se refere tanto à possibilidade de cópia de CD para outro suporte (para uso pessoal e sem visar lucro) quanto à condição de exibir filmes em escolas.
Entretanto, não sabemos em que medida o direito de acesso a bens culturais, de forma menos restritiva que a atual, realmente será garantido, possibilitando, por exemplo, para fins didáticos e de pesquisa, tanto a reprodução completa de obras – e não de pequenos fragmentos apenas, como está na lei atual – quanto a dispensa da prévia e expressa autorização do titular, no caso de reprodução e distribuição de obras protegidas, conforme anunciava o anteprojeto de 2010. Certamente, esse gesto político, que se configura juridicamente, traria importantes efeitos na formação de leitores e de potenciais autores do Brasil.
Ana Sílvia Couto Abreu é linguista e professora do Departamento de Metodologia de Ensino e do Programa de Pós-graduação em Linguística da Universidade Federal de São Carlos
Fonte:http://cienciahoje.uol.com.br

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Cortes no orçamento de ciência ameaçam futuro do Brasil


Cortes no orçamento de ciência ameaçam futuro do Brasil

Os cortes propostos pelo governo federal ao orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) podem colocar a perder muitos dos significativos avanços obtidos nos últimos anos e vão na contramão de outras medidas adotadas pela própria União em tempos recentes, como a expansão da infraestrutura de ensino público universitário e a busca pela internacionalização da ciência brasileira.
Esse é o diagnóstico quase unânime dos cientistas ao tratar da redução em cerca de 22% na verba federal destinada ao sistema de C,T&I brasileiro para 2012. É o segundo ano consecutivo em que há contingenciamento de recursos destinados ao MCTI. Somados, os dois cortes fizeram o valor disponível ao Ministério cair de R$ 7,8 bilhões, em 2010, para R$ 5,2 bilhões, neste ano. Mesmo sem levar em conta a inflação no período (que tornaria a situação ainda mais alarmante), o orçamento foi reduzido a dois terços do valor do último ano do governo Lula.
O anúncio dos cortes, justificado no governo pela crise financeira internacional, foi veementemente criticado por representantes da comunidade científica. A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a Sociedade Brasileira de Física (SBF) e a Sociedade Brasileira de Astronomia (SAB) estiveram entre as entidades que divulgaram notas de repúdio à ação federal.
Os protestos não se limitaram à esfera científica. Representantes do setor industrial, preocupados com o impacto dos cortes no estímulo à inovação - fator essencial para a preservação da competitividade da indústria brasileira no cenário internacional - também se manifestaram contrários à restrição de recursos.
"No momento em que o Brasil começa a se afirmar no cenário internacional, consideramos tal redução orçamentária um grave retrocesso para a política de formação de recursos humanos qualificados e o desenvolvimento científico nacional", afirma o Acadêmico Celso de Melo, presidente da SBF. "É desanimador constatar que, pelo segundo ano consecutivo, cai a fração do PIB aplicada em ciência, tecnologia e inovação, o que nos coloca cada vez mais distante dos percentuais observados para o setor nos países desenvolvidos."
Contraste internacional - Mais do que aumentar a distância entre nós e as nações mais avançadas, a decisão - que os cientistas ainda esperam reverter - coloca o Brasil em forte contraste com outros países em estágio similar de desenvolvimento. Na China, por exemplo, a despeito de uma expectativa menor de crescimento (a exemplo do que ocorre aqui), o primeiro-ministro Wen Jibao anunciou em março um aumento de 12,4% no orçamento para ciência e tecnologia, atingindo a expressiva soma de US$ 36 bilhões. Dentre as medidas adotadas, incluem-se uma elevação de 26% nas verbas voltadas à pesquisa básica e um incremento de 24% no montante de recursos destinados às universidades de elite.
"É interessante notar que o aumento do orçamento para pesquisa e a redução do crescimento foram anunciados no mesmo discurso, o que indica uma consciência muito clara sobre o papel da ciência, da tecnologia e da inovação no futuro da China", comenta o diretor da ABCLuiz Davidovich, pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). "Infelizmente, não podemos dizer o mesmo do Brasil."
Impactos imediatos - Em alguns estados da federação, como São Paulo e Rio de Janeiro, há uma "rede de proteção" estadual consistente que pode amenizar um pouco os impactos, com fundações de amparo à pesquisa (Faps) consolidadas e financiando importantes trabalhos das comunidades científicas locais. Contudo, nas regiões menos desenvolvidas do País, como o Centro-Oeste, o Nordeste e, sobretudo, o Norte, essa estrutura local ainda não tem participação tão significativa nas verbas destinadas ao sistema de CTI, e o resultado dos cortes pode ser ainda mais dramático.
"O financiamento do MCTI constitui a parte mais significativa do investimento na região", diz o Acadêmico Luís Carlos Bassalo Crispino, físico da Universidade Federal do Pará (UFPA). "Isso acontece porque as fundações de amparo à pesquisa do Norte, quando existem, são muito jovens e ainda não apresentam continuidade em seus investimentos. Para que se tenha uma ideia, nem mesmo todos os estados da região possuem uma Fap."
O estrangulamento do orçamento nacional para pesquisa cria ainda mais complicações com o recente movimento do governo brasileiro de ampliar a rede de universidades federais - um esforço para democratizar o acesso ao ensino superior público de qualidade e abrir vagas para os doutores formados no País.
"Atraídos por essa nova oferta de emprego, diversos brasileiros foram repatriados. Em um prazo de dois anos tivemos um aumento de cerca de 20% no número de professores em diversos departamentos de física no País", afirma Marcia Barbosa, diretora do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e vice-presidente da IUPAP (International Union of Pure and Applied Physics). "O Brasil se tornou um celeiro de empregos e atraiu pesquisadores de todo o mundo que se interessavam a vir aqui para estágios de pós-doutorado."
Contudo, com o corte de recursos para a pesquisa nos últimos dois anos, esse tiro pode acabar saindo pela culatra. Os doutores recém-formados absorvidos nas vagas de docência nessas instituições estão sendo obrigados a abandonar seus esforços de pesquisa, sem verba que estão para conduzi-los.
"Aliás, esses jovens já estão sofrendo um verdadeiro massacre, pois em várias instituições nacionais devem lecionar 12 ou mais horas de aula por semana. Em instituições de pesquisa de países desenvolvidos, a carga horária típica semanal em sala de aula de um professor é de cerca de três horas por semana", diz Davidovich.
"Com a atual carga horária, e um fraco apoio às atividades de pesquisa, estamos liquidando o que há de mais precioso nos ambientes de pesquisa: o vigor e a criatividade de jovens pesquisadores. Nessas condições, fica difícil competir com os países mais desenvolvidos", completa.
Corre-se o risco de as novas universidades públicas replicarem o modelo do ensino superior privado, que, salvo poucas e louváveis exceções, se dedica única e exclusivamente à emissão de diplomas, sem se preocupar com a produção de conhecimento.
Sem Fronteiras e Sem Futuro - O estrangulamento dos orçamentos de pesquisa também entra em rota de colisão direta com uma das grandes bandeiras recentes do governo brasileiro, o programa Ciência Sem Fronteiras, destinado a financiar bolsas de estudo em universidades estrangeiras. "Uma consequência direta desses cortes é que teremos uma geração de jovens que vieram de experiências produtivas no exterior e que, sem a infraestrutura apropriada, se tornarão profissionais frustrados", diz Marcia Barbosa.
"O problema não é somente a descontinuidade das pesquisas em andamento, mas sobretudo o efeito desmotivador que isso produz nos estudantes de pós-graduação e nos cientistas mais jovens", complementa José Wellington Tabosa, físico da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). "Um mínimo de regularidade orçamentária é fundamental para o planejamento de qualquer atividade, principalmente em ciência e tecnologia, onde a interrupção de um projeto de pesquisa, mesmo por um curto tempo, pode significar o seu fim."
"O Ciência Sem Fronteiras é um programa para treinar no exterior pesquisadores para o futuro. Mas não haverá futuro se agora não construirmos a infraestrutura científica necessária", prossegue Marcia Barbosa.
Mais ameaças no horizonte - Além de seu impacto imediato no financiamento à pesquisa, com todos os malefícios que ele traz no fomento a uma estrutura robusta de C,T&I no País, os cortes prejudicam muito programas de pesquisa que, por sua própria natureza, exigem comprometimento constante e de longo prazo.
"Um exemplo é o caso da Física Experimental de Altas Energias onde os projetos levam anos para serem implementados, e os experimentos operam por dezenas de anos", menciona Sergio Novaes, físico da Universidade Estadual Paulista (Unesp) envolvido com um dos experimentos instalados no LHC (Large Hadron Collider), o maior acelerador de partículas do mundo, instalado no Centro Europeu para Física de Partículas (Cern), na divisa entre a França e a Suíça.
"O envolvimento nesses experimentos requer compromissos de longo prazo, que exigem acima de tudo uma estabilidade no financiamento", diz Novaes. "Não cumprir com as responsabilidades assumidas compromete a credibilidade da ciência brasileira perante os grupos e laboratórios internacionais e vai na contramão dos esforços brasileiros recentes de internacionalização da ciência produzida no País."
Interessante lembrar que o Brasil iniciou um esforço consistente de inserção de sua ciência no contexto internacional, buscando parcerias com instituições como o Cern e o ESO, que constituem o que há de mais relevante em seus segmentos (física de partículas e astronomia). A instabilidade orçamentária, se não leva diretamente à inadimplência, certamente criará trepidações nas relações com os países participantes desses consórcios, que podem temer que o Brasil não cumpra com suas obrigações depois de negociar seu ingresso nas organizações.
Nano-orçamento - Outra área que está na fronteira da ciência hoje e que pode ser prejudicada fortemente pelos cortes orçamentários é o desenvolvimento da nanotecnologia. O País teve a chance de embarcar nessa onda - que ambiciona o desenvolvimento de dispositivos e materiais construídos nas menores escalas possíveis, muitas vezes feitas de alguns poucos átomos, com potencial tecnológico revolucionário -, mas não conseguiu. "Infelizmente nessa área o País vem patinando há vários anos, com mudanças constantes de coordenação e políticas desconcertadas", afirma o Acadêmico Marcos Pimenta, especialista em nanotecnologia na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Mesmo em sua plenitude, o orçamento nacional dedicado às "nanos" sempre foi modesto, se comparado a outros países. "Só para termos um parâmetro de comparação, Singapura está gastando US$ 100 milhões só em um centro para estudar e desenvolver tecnologias baseadas no grafeno [forma molecular de carbono que o torna extremamente promissor para aplicações]", diz Fernando Lázaro, diretor do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF). "No Brasil, em 2011, devemos ter gasto ou prometido gastar menos que 10% desse valor em todas as diferentes vertentes das nanociências. Se essa situação não for revertida rapidamente, o Brasil não vai ter um papel minimamente relevante nesse segmento."
O Acadêmico Adalberto Fazzio, físico da USP, assumiu em 2011 a coordenação da área de nanotecnologia no MCTI e tem feito grande esforço para finalmente organizar as ações nessa área. "Ele propôs inclusive um arranjo interministerial para uma política geral do governo sobre nanotecnologia", diz Pimenta. "Mas o corte no orçamento pode vir a prejudicar seu trabalho."
A busca pela reversão - O MCTI ainda está por anunciar publicamente em que áreas especificamente os cortes incidirão, mas nesse momentoLuiz Davidovich acha que o foco da comunidade científica deve ser em enfaticamente mobilizar governo e sociedade civil para impedir que o contingenciamento venha a acontecer de fato. "Temos de protestar veementemente contra essa política, que compromete o futuro de nosso País."
Há esperança, entre os cientistas, de que esse corte violento e sistemático possa ser contornado. "Espero que haja uma reversão dessa decisão e que, ao longo do ano, possamos recompor o orçamento do MCTI e recuperar as perdas que certamente ocorrerão", diz o Acadêmico Carlos Alberto Aragão de Carvalho Filho, físico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e diretor-geral da Associação Brasileira de Tecnologia de Luz Síncrotron (ABTLuS).
Em nota oficial, a SBF pede ao governo federal que reveja os limites de despesas presentemente estabelecidos, de forma que o mínimo de consistência na política científica brasileira possa ser preservado. Em risco está nada menos que o futuro desenvolvimento do País.

domingo, 8 de abril de 2012

Pesquisa sobre 'Peixes da Amazônia e mudanças climáticas'


Pesquisa sobre 'Peixes da Amazônia e mudanças climáticas' é destaque no IV Workshop Adapta


Na manhã do segundo dia de seminários do IV Workshop Adaptações da Biota Aquática da Amazônia (Adapta), que teve início nesta segunda-feira (02), foi dado destaque aos resultados de projetos e discussões sobre novos rumos das pesquisas, com palestras de pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) e da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

O diretor do Inpa e coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) Adapta, o Acadêmico Adalberto Val, realizou a palestra "Peixes da Amazônia e mudanças climáticas", que busca esclarecer quais os efeitos das mudanças climáticas sobre os peixes amazônicos, uma das pesquisas que o projeto realiza. "As mudanças climáticas estão associadas com a atividade do homem no aumento de queimadas com o desmatamento. A Amazônia tem um papel importante no ciclo de carbono planetário, e pode ser considerada como uma região de grande risco do ponto de vista das influências das mudanças climáticas", afirmou o coordenador.

Algumas das mudanças previstas, pesquisadas por Val, são: o aumento da temperatura e o da concentração de gás carbônico das águas, mudanças que podem atingir todo o ecossistema do planeta, não somente a Amazônia. "Essas mudanças no clima, para o tambaqui por exemplo, poderão acarretar em várias perturbações, apesar de ser um animal com grau elevado de adaptação a diversos ambientes. E isso afetaria tanto o consumo da proteína como o sustento econômico", alerta.

Segundo Val, o Adapta procura responder questões importantes para o desenvolvimento dos organismos reproduzindo os cenários de mudanças climáticas com base em dados previstos pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) para o ano de 2100. "O adapta está se propondo a entender como esses diferentes organismos respondem a um desafio ambiental ou então como um único organismo pode sobreviver a diferentes desafios ambientais", explica.

Logo após, a pesquisadora do Inpa e Acadêmica Noemia Kazue Ishikawa palestrou sobre o crescimento de fungos e cogumelos na Amazônia, primeiro resultado de pesquisa fora do microcosmos (onde serão reproduzidos os cenários de mudanças climáticas). "Os resultados obtidos confirmam a característica térmica dos cogumelos coletados em Manaus, por apresentar maior produção de biomassa a 35°C em um tempo maior de incubação. É necessário ampliar o tempo de incubação para este cogumelo atingir a fase estacionária do crescimento micelial, no entanto na avaliação a 45°C será necessário aplicar estratégias para contornar a redução do meio de cultura por evaporação", avaliou Kazue.

Ainda durante a manhã palestraram Daniel Fagundes, Renato Lemgruber, Carlos Henrique Santos, Marize Sakuragui, do Inpa e a professora Adrea Ghelfi, da Ufam, que realizou a palestra intitulada "Análise da expressão diferencial em espécies amazônicas".

O workshop é patrocinado pela Biotec - Controle ambiental, Applied Biosystems, Prisma e conta com o apoio da Fapeam, CNPq, Capes, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Inpa.

Adapta

O INCT Adapta representa uma rede de atividades de Biologia Aplicada e tem como proposta buscar um novo momento no estudo das Adaptações de organismos aquáticos da Amazônia por meio da incorporação de novos equipamentos, da estruturação de um serviço de bioinformática, da capacitação de pessoal em todos os níveis além da produção de livros paradidáticos  sobre os estudos.

Dilma Rousseff desembarca em Washington para visita aos EUA


Dilma Rousseff desembarca em Washington para visita aos EUA


A presidente Dilma Rousseff desembarcou neste domingo (8) em Washington, capital dos Estados Unidos. Dilma chegou ao país no fim da tarde e, conforme previa a agenda, se encontrou com empresários brasileiros que acompanham a viagem.
Na segunda-feira (9), Dilma Rousseff se reúne com o presidente Barack Obama. Após a reunião, o presidente norte-americano oferecerá um almoço à colega brasileira. À tarde, Dilma participará do encerramento do Fórum Brasil-EUA de Altos Empresários e do seminário “Brasil-EUA: Parceria para o Século XXI”. Depois, ela terá um encontro com empresários norte-americanos.
Após os encontros, a presidente brasileira vai a Boston, onde visitará duas universidades e se encontrará com estudantes, cientistas e bolsistas brasileiros. Dilma volta ao Brasil na manhã de terça-feira (10).
Presidente Dilma Rousseff se reúne em Washington com empresários brasileiros. (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
Com a viagem, a presidente retribui a visita de Obama ao Brasil, em março de 2011. De acordo com o Itamaraty, devem predominar no encontro temas relacionados a comércio, educação e agendas regional e global.
Na comitiva presidencial estão os ministros das Relações Exteriores, Antônio Patriota; da Educação, Aloizio Mercadante; da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel; da Casa Civil, Gleisi Hoffmann; das Cidades, Aguinaldo Ribeiro; e da Secretaria 


5 livros de negócios inspirados na Bíblia


5 livros de negócios inspirados na Bíblia

Conciliar o lucro com os princípios cristãos não é impossível para esses autores


Bíblia Sagrada
São Paulo – Bacalhau e ovos de Páscoa à parte, todo cristão sabe que a Semana Santa é o momento de relembrar o calvário de Cristo e seus ensinamentos. E eles não se limitam a como conduzir sua vida particular.
Para muitos autores, a Bíblia também é uma fonte inspiração para o mundo dos negócios, sendo possível conciliar a busca do lucro com os valores cristãos. Veja, a seguir, cinco obras que tratam de temas comogestãoliderança e sucesso:
Negócios à Luz da Bíblia
Autor: Larry Burkett
Editora: UDF
Larry Burkett é um dos principais autores cristãos que escrevem sobre o mundo dos negócios. Neste livro, Burkett recorre às lições da Bíblia para tratar de assuntos tão variados do mundo corporativo como contratações e demissões até critérios de decisão.
Uma de suas lições básicas é que todo gestor deve entender que os recursos que utiliza – das matérias-primas às pessoas – pertencem a Deus, e não a ele ou à empresa. E o desejo Dele é que esses recursos sejam manejados de forma justa.
A Bíblia dos Negócios
Autor: Rabino Wayne Dosick
Editora: Rai Editora Abril
Com o subtítulo de “10 Mandamentos para Trazer Valores Éticos para o Local de Trabalho”, o livro se concentra nos dilemas éticos que surgem no dia-a-dia da administração de empresas.

Para Dosick, é possível praticar o Bem cristão, enquanto se faz bem o seu trabalho. Logo no primeiro capítulo, ele afirma que a religião é como um sabonete (sim, a comparação não é lá tão sacra): só funciona, quando você usa. E mais: a religião não trata apenas do mundo espiritual, mas também do material, porque, afinal de contas, é onde você vive.
Doing Business By The Good Book
Autores: David Steward e Robert Shook
Editora: Hyperion
David Steward não é apenas um fervoroso cristão. Ele também fundou e preside a Worldwide Technologies, uma potência que faturou, no ano passado, 4,1 bilhões de dólares com o desenvolvimento e integração de sistemas de gestão. Com 1.700 funcionários, a empresa atua em seis países, incluindo o Brasil.
Foi justamente um convite de uma escola de administração para que relatasse sua experiência como empresário que serviu de inspiração para o livro. Nele, Steward e Shook oferecem 52 lições de gestão inspiradas na Bíblia. Um exemplo? Os autores recorrem a Mateus 6:24 (“Ninguém pode servir a dois senhores”) para falar de como atuar ou não em nichos de mercado.
Business for the Glory of God
Autor: Wayne Grudem
Editora: Crossway Books
O ponto básico do livro de Grudem é que o próprio negócio pode ser uma forma de honrar a Deus. “Muitos aspectos da atividade empresarial são moralmente bons em si mesmos, e em si mesmos trazem glória a Deus – embora tenham um grande potencial para o erro e o malfeito”, escreve o autor.
Por isso, Grudem sempre se preocupa em não cair em uma ingênua apologia do mundo dos negócios e chama a atenção, a todo instante, sobre as armadilhas que podem desviar o empreendedor de sua maior missão: homenagear o Criador por meio de sua empresa.
Business: The Bible Way
Autor: Bob M. Wood
Editora: BJU Press
O livro se concentra em temas de comunicação corporativa e liderança. Seu princípio é singelo: nos momentos de maior angústia, é preciso recorrer à voz da experiência. E não há voz mais poderosa do que a de Deus, expressa nas Escrituras.

Google apresenta projeto dos óculos do futuro

Google apresenta projeto dos óculos do futuro

Chamado de Project Glass, o vídeo é uma simulação do Google de como prevê os óculos do futuro


Óculos do futuro do Google
São Paulo – O Google divulgou um vídeo onde apresenta sua visão dos óculos do futuro, utilizando tecnologias de realidade aumentada, geolocalização e acesso à internet.
Chamado de Project Glass, o vídeo é uma simulação do Google de como prevê os óculos do futuro. O usuário utiliza funções de geolocalização para traçar uma rota, programar eventos no calendário, receber notificações de mensagens e comandos de voz para controlar o fluxo de informações, tudo sendo exibido no visor dos óculos.
O projeto ainda está em fase experimental, mas realça as fantasias de ficção científica já retratada em diversos filmes, como Exterminador do Futuro. O conceito cria um efeito de realidade aumentada que sobrepõe aos acontecimentos em tempo real.
O Google também divulgou ideias de design para seus óculos do futuro, que ainda não tem um prazo para serem concebidos e comercializados, mas confirmam que a empresa pretende de fato desenvolver produtos ópticos.
Os óculos estão sendo desenvolvidos no Google X, um laboratório secreto próximo à sede do Google em Mountain View, na Califórnia. Sergey Brin, um dos fundadores da empresa, estaria comandando pessoalmente o projeto. Segundo o jornal The New York Times, os óculos terão o preço de um smartphone – algo entre 250 e 600 dólares nos Estados Unidos.
Assista (este vídeo não será exibido em iPad e alguns tablets Android):



Fonte:http://exame.abril.com.br/

domingo, 1 de abril de 2012

Os países do seculo 21 tem soberania ou a praticam?



     O que é SOBERANIA ?
    Segundo a enciclopédia virtual;
  SOBERANIA se refere á entidade que não conhece superior na ordem externa nem igual  interna.
  Traduzindo; SOBERANIA é  não ter influencia ou imposição por parte dos Norte Americanos.
  Contudo ainda tem países que vive sem essa maldita influencia e imposição Norte Americana o preço  é isolamento e medidas de restrição econômica.


OBS: O E.U.A patrocino a ditadura Brasileira.